O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, do PSDB, usou a tribuna para denunciar os números da violência em Pernambuco e cobrar ações efetivas da governadora Raquel Lyra. Durante a reunião plenária desta terça, o parlamentar destacou que, apenas no último fim de semana, a imprensa registrou 26 assassinatos. Ele citou, ainda, dados apresentados em audiência pública na Alepe, mostrando que 35 mulheres foram mortas em virtude do gênero no Estado, entre janeiro e abril deste ano.
“Pernambucanos e pernambucanas que vivem hoje uma realidade fictícia construída a partir do controle das estatísticas da violência em Pernambuco pelo Governo do Estado. Há comunidades reféns de traficantes no Litoral, no Agreste e no Sertão. Há gente com o direito de ir e vir comprometido. E há, acima de tudo, um alto números de crimes e assassinatos que revela a inoperância do poder público no setor.”
A líder do Governo na Casa, deputada Socorro Pimentel, do União, saiu em defesa da gestão estadual, ressaltando que Raquel Lyra encontrou a segurança pública sucateada e que, apesar disso, já foram feitos avanços no setor. “Em 2024, Pernambuco registrou uma queda de 5,4% na violência do Estado. Agora em abril de 2025, fechou com uma redução de 22,5% nos crimes violentos intencionais. Mais de nove mil coletes foram entregues e 100% da frota de veículos foi atualizada. Hoje os policiais têm armamento para que eles possam estar confrontados e enfrentando esses delinquentes.”
Após a defesa do Governo, Álvaro Porto, destacou que também era crítico à gestão anterior e que chegou a acreditar no projeto de Raquel Lyra, mas que a governadora não cumpriu o que prometeu e, por isso, pediu desculpas ao povo pernambucano por ter estado ao lado dela na eleição de 2022.
A violência também foi tema de pronunciamento de Fabrizio Ferraz, do Solidariedade. Ele solicitou à Secretaria de Defesa Social do Estado a implantação de um Batalhão Integrado de Polícia Militar no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana. Ferraz acredita que a medida pode ajudar a diminuir os índices de criminalidade no local. “Sabemos da situação preocupante da segurança pública do município, onde se registram índices de violência alarmantes, inclusive a nível nacional, sendo uma das cidades mais violentas do país.”
Doriel Barros, do PT, registrou a passagem do dia 13 de maio, marco da assinatura da Lei Áurea no Brasil. Ele ressaltou que a data não é comemorativa, uma vez que a abolição da escravatura foi simbólica, não tendo garantido a cidadania plena e a dignidade dos negros no Brasil. “Reafirmo o compromisso do nosso mandato com essa luta. Estamos ao lado do movimento negro, dos quilombolas, da juventude negra, dos trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade que constroem esse país todos os dias.”
João de Nadegi, do PV, parabenizou os 43 anos da emancipação política de Camaragibe, na Região Metropolitana do Recife. Ele comentou que se orgulha de representar o município e destacou obras em andamento na cidade, como a recuperação da Estrada de Aldeia e a construção de creches e cozinhas comunitárias.
Wanderson Florêncio, do Solidariedade, repercutiu a reunião solene da última quinta, que homenageou criadores de cavalos da raça mangalarga marchador de marcha picada. Ele renovou o compromisso com a equinocultura local e destacou propostas de autoria dele para o segmento, como a criação da rota da cavalgada e do cavalo de sela em Pernambuco.
O deputado Pastor Júnior Tércio, do PP, destacou a proposta de autoria dele para criar alas separadas nos hospitais públicos e privados para mulheres que tenham sofrido perdas gestacionais. Ele acredita que a medida é importante para evitar que as mães em luto permaneçam no mesmo local em que outras pacientes comemoram o nascimento dos filhos.“Esse projeto não gera custo para o Estado. Ele exige apenas gestão, empatia e compromisso com o cuidado. Estamos dando voz a muitas mulheres que, por muito tempo, sofreram em silêncio.”